Tenho
aquela terrível sensação de ter chegado ao pico mais alto do Everest. Cravei a
minha bandeira suja de escritor pirata por lá. Mas estou tão alto e afastado
que ninguém a viu tremular, como majestosamente fez a bandeira americana na
lua. Todos acreditam que o homem pisou lá, mas ninguém acredita que todas as
noites ela vem me dizer oi na janela. Até a lua precisa fugir às vezes,
conversar com alguém e beber um café. Talvez ela só queira que eu tire aquela
maldita bandeira das suas costas, será que o monte Evereste queixa-se da minha também? Pelo menos a bandeira dos astronautas não era encardida.
Sensação densa de fuga impossível. Todos podem lhe ver partindo desesperado,
mas não se interessam pelos motivos e por nada que supostamente possa estar
cravado nas suas costas. Mesmo que ela tremule de forma infame. Até tu, Brutus?
Até Tu, Neil Armstrong? Até tu, Hank Moody?
Um comentário:
"Talvez até a lua precise fugir às vezes, conversar com alguém, beber um café."
Talvez a lua tenha um nome...
Postar um comentário